quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Puxou a ambrosia da sacola e ficou olhando o doce com uma expressão sorridente. Guardou de novo com cuidado. Sentou do meu lado com um cheiro de perfume que lembrou minha infância (tempo em que minha mãe foi revendedora da Avon e os nomes de perfumes estrangeiros com pronúncia duvidosa invadiram minha memória afetiva). O pedreiro de banho tomado e camisa abotoada agora vai para casa, provavelmente ao encontro da esposa. Talvez ela o espere com fragrância de Charisma ou Sweet Honesty. Na pior das hipóteses, cheirando a tempero ou bumbum de bebê. Cheirinho bom, de família.

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