domingo, 21 de junho de 2015

Quantos cabem numa cabine?
Chego do supermercado esbaforida, carregada de sacolas. O simpático e solícito porteiro corre para me ajudar. Pega as sacolas das minhas mãos e segue para a porta do elevador. Eu me adianto e aperto o botão. Ele sorri e diz:
- Espere, deixe que eu abro para a senhora.
Quase que pensando alto, deixo escapar:
- Já estou tão habituada a me virar sozinha...
- Às vezes é bom. Nem sempre - ele avalia, argutamente, como alguém que observa pelas câmeras indiscretas do edifício.
- É... às vezes é ótimo! - respondo já dentro do elevador, rumo à minha sedutora, ciumenta e necessária solidão do sétimo andar.

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