domingo, 21 de junho de 2015



após vê-lo dentro daquela cuequinha bege horrorosa, exibindo as canelas finas e alvas como velas, despediu-se e chamou o elevador. não, não precisa me acompanhar, é cedo ainda. entrou no carro. respirou fundo, aliviada. recorrendo ao bom senso que volta e meia lhe faltava, perguntou a si mesma: você está verdadeiramente a fim desse paspalho ou é só mais uma boa peleja, um capricho de mulher vaidosa, um gancho, uma queda de braço? olhou-se pelo espelho do retrovisor. a resposta estava na ponta do batom. cereja intenso.

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