quinta-feira, 28 de julho de 2016

Zoneada

Nada se acha nessa zona de desconforto. Afora o lixo.
Cadê a terapeuta que não veio fazer faxina? Cadê?
tão profundamente triste,
gozava como se o mundo fosse acabar
num abrir e fechar de coxas.
MERITOCRACIA: Trabalhei pra caralho pra chegar onde cheguei. Meu dinheiro suado não dou pra essa gentinha que faz corpo mole. Nada de grana pra vagabundo, mendigo, poeta, preto. No máximo pra puta, e se fizer o serviço direito. Deus tá vendo que sou justo.

Ouvi um puta que pariu lá embaixo. Curiosa, fui até a janela. O moço dentro do carro metido a besta xingava o rapaz que dirigia um carro modesto, velhinho. Não conheço marca nem sei quem tinha razão (?). Lembrei do filme Relatos Selvagens. Nas esquinas das metrópolis, relatos diários de selvageria. Procurando bem, aguçando os sentidos, encontra-se um pouco de gentileza.

Inteligência Emocional

Arrogante, engoliu sapos a vida inteira para poder comer rã, manjar na companhia da rainha da Inglaterra. Achava a emoção um erro de cálculo. Não dos rins, do fígado.

(18.07.16)


noites de desamparo
e as lembranças embaraçadas no colo de minha mãe


sexta-feira, 13 de maio de 2016